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Lucy Lawless: princesa guerreira, ativista e diva da discoteca



Em entrevista recente ao site neozelandês Stuff, Lucy Lawless falou sobre sua vida pessoal e sua carreira, e sobre como ser uma estrela internacional não afetou seu estilo de vida discreto e sua rotina monótona.


Durante a semana ela nunca sai de casa, e as 21:30h já está na cama assistindo MasterChef. Os fins de semana giram em torno de sua casa em Auckland, ajudando a cuidar do grande jardim com o marido Rob Tapert e os filhos adolescentes Julius e Judah.


Não é a vida que a atriz teria escolhido para si mesma. Lucy estava feliz com sua família em Los Angeles, mas quando eles voltaram para a Nova Zelândia para gravar Spartacus, Rob se apaixonou pela cidade que o lembrou de sua casa em Michigan e seus filhos não acreditavam que poderiam ir a uma escola onde a professora sugeria que tirassem os sapatos. Em Los Angeles, haveria muitas questões de responsabilidade em torno de um ato tão imprudente.


Mesmo que ela implorasse, eles se mantiveram firmes. Não, nós não voltaremos. Seu poder de estrela, obviamente, não conta muito em casa.


"Os meus filhos não se preocupam com o que eu faço. Não. Eles são as estrelas de suas próprias vidas."


Ela conquistou o mundo como Xena, Lucretia, Condessa Maurburg, Ruby, como uma cantora em Celebrity Duets e uma porção de outros papéis internacionais de cinema e televisão. Mas, por enquanto, sua base é Auckland, onde Tapert cuida da culinária ("Eu não posso. Eu sou uma cozinheira terrível") e o jardim produz grande parte da comida que eles comem.


"Eu sempre acreditei que o que você colocar dentro do seu corpo é mais importante do que o que você colocar fora."


Lucy irá completar 50 anos ano que vem. Quando questionada sobre isso, ela faz piada.


"O envelhecimento importa? Ah, isso é importante. Por outro lado, eu pensei que tinha 50 anos este ano, então eu já me ajustei! (risos)"


"Eu sou o tipo de pessoa que não sabe em que mês estamos. Eu simplesmente não valorizo esse tipo de coisa. Mas envelhecimento, sim. Uma das armadilhas de viver em Hollywood ou na Flórida é que você está cercado por mulheres que já mexeram muito no seu corpo e seu senso de normal começa a mudar. Eu não fiz nada, mas eu faria, claro. Muitas atrizes fazem. Você olha as fotos delas em 1984 e fotos agora e você percebeu que elas envelheceram para trás".


O público terá a chance de ver o visual envelhecido de Lawless no filme The Changeover, que estréia esta semana. Ela interpreta uma bruxa com longos cabelos grisalhos.

"Para as mulheres da minha idade é fácil dizer, 'Que diabos, eu não me importo', mas eu não quero ouvir que as coisas são inevitáveis. Eu não vou desistir. Minha mobilidade é importante, então eu faço yoga e cuido do meu fígado, e não quero destruir isso. Por isso eu não fumo e bebo muito pouco".


Como Sappho no musical Pleasuredome, ela interpretará uma diva quente e hedonista em uma história de amor estranha com sexo, drogas, aids, dança e intolerância. A entrada do set é uma imersiva paisagem de ruas de Nova York nos anos 80, onde a platéia pode lanchar, beber e conversar antes de entrar no show, uma discoteca totalmente realizada com áreas de pé, serviço de mesa, assentos de arena e telas. Ela descreve isso como um parque temático onde o público é encorajado a fazer parte do show.


Embora ela esteja no conselho da Fundação Starship e tenha se envolvido em inúmeras atividades de caridade, seu trabalho extracurricular de maior destaque tem sido seu papel como embaixadora do clima para o Greenpeace.

Em 2013, ela e outros seis ativistas foram multados e condenados a 120 horas de serviço comunitário depois de passar 77 horas em um navio de perfuração de petróleo em Port Taranaki para evitar que ele fosse para o Ártico. Em julho deste ano, ela e outros ativistas do Greenpeace caíram nas águas congeladas do Ártico ao norte da Noruega, novamente em oposição à perfuração de petróleo.


"Eu adoro estar com os ativistas. Eles são tão agradáveis. Não há uma ofensa trocada. Sou um diamante bruto, mas eles são pessoas pacíficas porque não estão em guerra. Você não pode derrubá-los. Eles sabem que o que estão fazendo é certo, objetivamente certo. É a sobrevivência do planeta".


Ela conta que nunca pediu a aprovação do marido para se juntar aos protestos. Quando ela participou de um protesto pela primeira vez, Robert sabia pouco sobre isso tudo. Até que ele ligou a televisão e viu sua esposa na CNN, e pensou que Lucy estava trabalhando em um filme de Jane Campion. Pode-se dizer que ele não ficou impressionado que ela fosse simpatizante da causa.

 

Uma matéria de stuff.co.nz traduzida e adaptada por Xena Brasil


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